quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Pra que salvar o planeta? - parte 1 de 3



A escassez de água potável já atinge 2 bilhões de pessoas. Nesse ritmo dentro de 25 anos serão 4 bilhões; A água contaminada pelo descaso ambiental mata 2,2 milhões de pessoas por ano; 3 milhões de morte são causadas anualmente pela poluição do ar; As emissões de carbono, principal poluidor do ar, aumentam mais de 10% desde 1991; 30 bilhões de toneladas de lixo são despejadas anualmente no ambiente; 140 espécies de plantas e animais estão se tornando extintas por dia.Esses números assustam pela grandiosidade, pois apontam para a regularidade com que o meio ambiente tem sido destruído. Os meios de comunicação têm noticiado tais fatos. Observe as capas da Super Interessante, Scientific American, Vejas e Época. Essas revistas algumas vezes usam termos bíblico-escatológicos. E ao mesmo tempo que falam da complicação da situação do planeta, elas falam também de atitudes que devem ser tomadas, posturas que devem ser mudadas a fim de evitar que este mundo se torne um lugar inabitável.A verdade é que a Bíblia fala desses fenômenos naturais que trariam perplexidade nos últimos dias na história deste mundo. Veja Lucas 21:25. Em Romanos 8:22 Paulo fala da reação da natureza, usando uma figura de linguagem ele atribui a natureza o sentimento de tristeza e aflição por conta da forma como tem sido tratada pelo homem.Mas a Bíblia é muito clara em dizer que este mundo não vai ter fim por causa do aquecimento global. Este mundo não vai acabar porque você usa carro a diesel; não vai acontecer um colapso porque você não recicla o seu lixo, o fim do mundo não virá porque você não economiza água, a história deste mundo não vai terminar por causa da liberação de gases poluentes, o protocolo de Quioto e nenhuma outra política ambiental tem o poder de determinar o fim, ou não, deste mundo. Você acha o desmatamento sério? E é sério mesmo, mas o mundo não vai acabar por isso. Talvez você fique assombrado com o derretimento de gelo nos pólos, e de fato é de se admirar, mas o mundo não vai acabar com isso.Que o mundo está vivendo em péssimas condições ambientais, que os recursos naturais têm sido usados de forma irresponsável e exatamente por isso estão se tornando escassos, é fato, e fato predito pela profecia bíblica. Mas, que esses fatores levarão ao mundo a um cataclismo sucedido pela extinção da vida na terra é algo irreal.Porque a mesma profecia que diz que essas coisas deveriam acontecer, que o mundo chegaria nesta situação também deixa claro o que está escrito em II Pedro 3:10-13. De acordo com Pedro este mundo de fato chegará ao seu fim, pelo menos como o conhecemos, mas não da forma como tem sido predito pelos jornais, revistas e documentários. O final da história deste mundo não chegará por ocasião de uma era glacial, nem por um aquecimento de proporções nunca sentidas, nem por catástrofes na natureza, nem por escassez de água ou alimentos. Não é um cataclismo natural que marca o final da história deste mundo, e sim, um acontecimento sobrenatural, a gloriosa intervenção divina na história, a mais gloriosa de todas as intervenções divinas. A história deste mundo chegará ao fim com o aparecimento glorioso de Cristo. Este é o evento que assinala o término da história deste planeta como o conhecemos. O ponto final desta história não será dado por nenhum acontecimento natural, e sim através de um evento sobrenatural.
Resta-nos perguntar: Se o mundo não chegará a seu fim por causa do aquecimento global, por que devo me preocupar com a natureza? Dê a sua resposta, e nas próximas semanas gostaria de lhe apresentar duas respostas alternativas para essa questão.

domingo, 12 de outubro de 2008

Lições do Chaves - parte 2


"A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena". Esta frase, dita em um episódio do Chaves, foi proferida pelo "Seu Madruga". Pense apenas na primeira parte da frase que afirma que a vingança nunca é plena, em outras palavras, a vingança nunca é completa. Geralmente a vingança nasce de uma forte sensação de injustiça. Injustiça esta que pode ter sido cometida por uma pessoa, ou simplesmente fruto de uma sequencia de acontecimentos, ou como alguns pensam, pelo descaso divino. O fato é que a vingança nos tira da postura de vítimas e nos coloca em posição de promotores e executores da sentença. Constantemente temos a sensação de que precisamos consertar as injustiças, precisamos contornar situações onde nossa opinião ou necessidades não foram devidamente consideradas e desta sensação nasce a vontade de se vingar, de dar o troco, de fazer justiça com as próprias mãos. Mas lembre-se a vingança não é plena, e acho que posso ir além e garantir que o remorso, o ressentimento, a mágoa, a ira contida, o rancor não são plenos; são fugas, atalhos para resolver as injustiças, mas o fato é que isso apenas mata a alma, mina as forças, exige toda a concentração que poderia ser distribuída entre tantas outras coisas, nos tira do foco e nos envenena. Alguém já disse que guardar mágoa de alguém é o mesmo que tomar um copo de veneno esperando que outro morra. Slamo 94:1 diz: "a Deus a quem pertence a vingança". Deus é o único capaz de avaliar o que de fato é justo e injusto, por isso Ele torna-se o único capaz de trazer a vingança, não uma vingança fruto de uma ira irracional, mas uma vingança que é um misto de amor e justiça.Tenha sempre muito claro com você, que enquanto você espera precisa confiar que o Justo Deus está no controle ainda e que qualquer vingança que você possa construir é incompleta, pois traz mal aos outros roubando o bem que há em você.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Filhos e sofrimentos


O médico se aproxima do casal. Há muita expectativa. Será que as coisas estão normais com a gestação do filho que está a caminho? Será que ele virá saudável, ou requererá cuidados especiais? O médico sem muitas voltas afirma aos pais que a situação não é muito favorável, há uma complicação e o filho tão esperado virá com uma doença que exigirá tratamento imediato ao parto, ele não poderá ir para a casa antes de duas semanas, necessitará de medicamentos, exames constantes, respiração artificial, monitoramento dos profissionais de saúde e tantos outros cuidados.

Perplexos os pais perguntam:

- Nosso filho vai sofrer muito?

- Por algumas semanas sim. – diz o médico

- E depois?

- Depois ele levará uma vida absolutamente normal

O Pai respira aliviado e diz:

- Sofreremos por ver nosso filho sofrer, mas não desistiremos pois o sofrimento dele é temporário e em pouco tempo tudo de bom que sonhamos para ele será real.

 

Por que Deus criou o ser humano se sabia que ele iria pecar? Por que Deus insistiu neste plano sendo que o homem sofreria as terríveis conseqüências do pecado?

Deus sabia que o sofrimento era temporário. O nosso sofrimento tem prazo de validade. As conseqüências terríveis que o pecado trouxe não durarão para sempre. Sabendo disso Deus insistiu pois Ele sabe que em breve tudo aquilo que Ele sonhou para seus filho será concreto. Nosso tempo de doença, internados sob observação está terminando. Estamos esperando a alta para então conhecermos nosso lar.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lições do Chaves - parte 1


Muito provavelmente você já assistiu o seriado mexicano “Chaves”, nem que tenha sido um único episódio, ou apenas alguns minutos. Eu gostava muito de Chaves, não faço idéia de quantas vezes assisti alguns episódios “clássicos” como, por exemplo, aquele da festa da boa vizinhança, ou quando o Chaves e o Kiko vão aprender violão, aquela série de programas que se passava no Restaurante de D. Florinda e tantos outros.
Mas sem dúvida uma sequência que é lembrada por todos que gostam pelo menos um pouco do Chaves é da ida para Acapulco.
Pra refrescar sua memória: todos os moradores da vila resolvem fazer uma viagem para Acapulco, motivados pelo fato do Seu Madruga e da Chiquinha haverem ganho essa viagem em uma promoção. Apenas o Chaves não poderia acompanhá-los, quando, comovido com a solidão do garoto, Seu Barriga resolve levá-lo também.
Muita alegria no hotel, muitos momentos engraçados, mas algo é de se notar. Por repetidas vezes a beira da piscina, ou no restaurante, um garçom é constantemente atrapalhado em seu serviço por algum dos desastrados hóspedes. Uma hora é uma bandeja com coco que é derrubada, outra hora é um suco que é derramado, em outro momento é a mesa do café da manhã que é destruída. Mas sempre que algo desastroso acontece o garçom diz com toda a calma: Estamos aqui pra isso.
Ele estava ali para quê? Para ter seu trabalho atrapalhado? Para trabalhar dobrado por causa da distração dos outros? Para aturar meninos mal educados?
Ele estava ali para SERVIR e algumas vezes o serviço incluía esses desagradáveis acontecimentos.
Jesus certa vez disse: “Porque eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mateus 20:28). O serviço de Jesus inclui muita coisa, tolerância com os nossos desastres, compreensão de nossas debilidades e distrações, disposição para servir mesmo depois de ter seus préstimos rejeitados, a capacidade de não levar em consideração os incidentes passados, disponibilidade, acessibilidade e principalmente o poder de perdoar pecados e nos levar a transposição de uma parede que nos separa de Deus. Jesus é o maior exemplo de servo.
Se hoje você precisa desabafar com alguém, ou socorro para resolver algo, ou auxílio para a tomada de uma decisão, escute-o dizer: Estou aqui para isso.
Talvez você tenha magoado alguém e precisa de uma luz para entender como pode reparar esse erro. Jesus diz: Estou aqui para isso.
Quem sabe você precise de ajuda para despertar da indiferença. A voz e a fala são as mesmas: Estou aqui para isso.
Pode ser ainda que sua necessidade seja de aprender a servir: ele está aqui para isso também. Para fazer de você um servo semelhante a ele.
Enquanto espera, você perceberá que existem coisas que fogem de sua capacidade de solucionar problemas, assim sendo você precisa parar e ouvir Jesus dizer: Estou aqui pra isso.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Renato Russo e uma inquietação


“As coisas reveladas pertencem a nós e a nossos filhos, porém as encobertas pertencem a Deus” (Deuteronômio 29:29).

Você tem alguma dúvida que já se arrasta por muito tempo? Você tem alguma pergunta que insiste em permanecer sem resposta? São muitos os mistérios da existência, são muitas as coisas que não entendemos e exatamente por isso tornam-se de difícil aceitação. Renato Russo cantava sobre uma dessas inquietações, dele e que talvez seja partilhada por você. “Quem me dera ao menos uma vez, entender como um só Deus ao mesmo tempo é três”. Esse é um trecho da música Índios, e traz um dos maiores mistérios acerca da existência de Deus. Afinal temos um Deus ou três deuses? A trindade é composta de três pessoas que formam uma única divindade, ou três deuses? Deus Pai é mais deus que os outros? Se os três são “deuses” como fica a idéia de um único Deus? Se existe um único Deus, o que é o Filho? Quem é o Espírito Santo?
São muitas as perguntas, já as respostas talvez não sejam tão numerosas e talvez não completamente satisfatórias. A Bíblia apresenta desde muito cedo a existência de uma divindade composta por três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Iguais na divindade diferentes na personalidade. Mas como isso é possível?
Tenha uma coisa bem clara em sua mente: Deus não cabe no mundo das possibilidades. Sendo assim, essa única vez, que Renato Russo gostaria de ter pra entender a natureza triúna de Deus, provavelmente nunca chegará para ninguém, o dia de entender plenamente quem Deus é não está no calendário do céu. Mas como posso crer se não entendo?
Nem todas as bananas do mundo cabem na fruteira que fica na mesa da minha casa, mas isso não invalida a existência delas. Não entender a Deus não o torna menos real, simplesmente me faz perceber que sou limitado.
Deus existe a despeito de comprovações e compreensões. Neste mundo de espera precisamos do necessário para sobrevivência, para a sobrevivência da sua fé Deus revelou tudo o que é importante. Enquanto espera contente-se, quando a espera acabar faça as perguntas para Ele.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Maçãs


A recepcionista anuncia o nome do próximo paciente a ser atendido, dirigem-se então, pai e filho, da sala de espera para o consultório. O médico faz algumas perguntas ao menino e algumas ao pai; lê o resultado dos exames que haviam sido pedidos da última vez e pede para o garoto assentar-se na maca onde faz um breve exame físico. Diante dos dois, o médico diz:
- Seu filho está muito bem de saúde, apenas lhe recomendo algumas mudanças na dieta.
Segue-se então uma lista de observações sobre os hábitos alimentares do garoto e algumas recomendações. Dentre essas recomendações o médico aconselha o pai a introduzir maças na alimentação diária do filho. O pai se compromete com o médico e então retornam para a casa. Logo que chegam, o pai dá ao menino R$10,00 e pede para que ele vá ao supermercado comprar algumas maças, de fato o pai estava comprometido.
O supermercado não era muito distante de casa, e o garoto estava acostumado a receber esse tipo de tarefa. Enquanto caminhava pelos corredores do supermercado em direção ao lugar onde encontraria as frutas ele passa por um corredor onde estavam os biscoitos recheados, as caixas de bombom, chocolates em barra e de um momento pra outro um simples corredor se transforma no maior obstáculo. Conseguiria ele chegar até o final do corredor sem apanhar nenhum daquelas delícias da prateleira?
Logo que abre a porta de sua casa percebe seu pai assentado no sofá da sala, tenta passar sorrateiramente para não ser percebido, mas não consegue. O pai então olha para o filho e não percebe nada em suas mãos, pergunta “Onde estão as maçãs?”. O menino então deve confessar: ele não conseguira chegar ao final do corredor, e ao invés de comprar as maçãs que tão bem lhe fariam ele comprou apenas chocolates e devorou-os todos pelo caminho.
O pai não diz nada, apenas se assenta de volta no sofá, seu olhar e expressão decepcionados falavam o suficiente. Naquele momento seu filho aprendeu duas preciosas lições. Primeira: Seu pai ficaria triste com ele sempre que usasse de forma incorreta os bens que lhe eram confiados às mãos. Segunda: sempre que usasse os bens que o pai lhe confiasse para ter momentos de prazer que não lhe beneficiariam por muito tempo, seu relacionamento com o pai seria afetado.

Pense nisso.

domingo, 21 de setembro de 2008

Espantando os zumbis




Quando criança trocava rápido de canal quando via na TV um anúncio de filme de terror; apenas os trechos que apareciam durante o intervalo comercial já eram suficientes para incomodar meu sono, caso fossem vistos à noite. Meu irmão mais velho insistia para que eu assistisse filmes de fantasmas e mortos-vivos, mas eu sempre tinha uma desculpa. Caso ocorresse a morte de alguma celebridade, ou político conhecido e as notícias relacionadas à sua morte aparecessem repetidamente nos noticiários ou nos plantões jornalísticos das emissoras de televisão, as imagens se fixavam de tal forma em minha mente que sentia dificuldade de dormir.
Sonhos com mortos voltando, encontros com pessoas que já se foram, a impressão de alguma coisa ou alguém em baixo da cama, barulhos percebidos sem haverem sido produzidos, enfim, coisas do gênero. Acreditava que os mortos poderiam voltar. Foi de grande conforto descobrir o que a Bíblia diz acerca da morte, perceber que os mortos não têm “parte em coisa alguma que acontece debaixo do sol” (Eclesiastes 9:6), logo não podiam puxar meu pé e nem me visitar à noite.
Ocorre que há alguns dias me dei conta de que alguns “mortos” voltam, não da sepultura. São mortos que foram enterrados de outra forma, não foram vencidos pela morte que leva ao cemitério, e sim por uma substituição: uma velha vida, por uma nova vida. O apóstolo Paulo nos diz que fomos sepultados com Cristo pelo batismo (Romanos 6:4) e nascemos com uma nova vida. Não é maravilhoso pensar que no batismo morre aquela pessoa que desagradava a Deus, que se afeiçoava ao pecado? Comparando, seria como se um doente à beira da morte, vítima de um vírus fatal, recebesse a noticia de que o vírus morreu, dando-lhe assim a oportunidade de recomeçar a vida.
O fato é que as coisas nem sempre são tão definitivas assim, “pois o bem que quero fazer esse não faço e sim o mal” (Romanos 7:19). Quantas vezes a pessoa enterrada no tanque batismal não volta como um zumbi? Seja no trânsito, no jogo de futebol, diante do computador, ao rever velhos amigos, em crises espirituais, com desejos que há tanto não eram sentidos, com manifestações de ira que há tempos não ocorriam, ou na incredulidade típica dos momentos sem Deus e sem a esperança que ele proporciona. Os mortos voltam a incomodar, como se não estivessem devidamente enterrados ou não tivessem sido mortos, apenas golpeados; voltam com força e sentimos que a velha vida era – essa sim – a nossa vida.
Certas vezes ocorre o pior: somos os agentes que devolvem a vida àqueles mortos sepultados por nossos irmãos. Trazemos à memória aquilo que eles foram, como se não tivessem mudado, ou nem estivessem se esforçando para isso. Os velhos hábitos, as maneiras de viver, os desejos que foram enterrados no batismo voltam a assombrar aqueles, que como nós, pertencem à família de Deus, pois repetidas vezes lhes reapresentamos o passado que morreu, mas que por nossas palavras e ações permanece por perto.
Não há como fugir, uma hora ou outra com certeza nos enquadraremos em uma dessas duas situações. Ou nos encontraremos com aquelas partes do nosso “eu” que foram enterradas, ou promoveremos o encontro entre nosso irmão e seu passado.
O que fazer? Talvez uma idéia seja olhar para o que Paulo diz em Romanos 6:4 “… para que como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai andemos nós também em novidade de vida”. Nós temos uma nova vida, morremos para o pecado e temos todos os dias o direito de viver uma vida que é constante novidade, que nunca se tornará velha. Mesmo depois de anos de cristianismo, ainda estaremos vivendo uma nova vida. Não podemos evitar o encontro com os velhos “eus”, mas podemos mantê-los no passado. Encontraremo-nos com quem éramos, mas não somos mais escravos do que fomos. As tentações para retornarmos ao lugar de onde saímos continuarão existindo. Os zumbis continuarão nos assombrando. Desejos voltarão a ser sentidos. Convites para lugares não mais freqüentados serão recebidos novamente. Sua vida passada continuará lhe incomodando.
Quais são as boas-novas?
O passado pode apelar aos nossos desejos, mas não pode nos obrigar a ser a velha criatura. O corpo glorificado de Cristo carrega as marcas do sofrimento no passado. Jesus se lembra da cruz, mas jamais voltará a ela.
Pode ser que em seu corpo ou mente existam marcas do passado, mas pela graça e sangue de Jesus você não precisa mais voltar para ele. Você não poderá impedir as “assombrações”, mas peça poder de Deus para que, pela misericórdia dEle, elas permaneçam no mundo dos mortos e você no mundo dos que vivem a “novidade de vida”.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Pressa



Quem já ouviu um pouco de Engenheiros do Hawai vai se lembrar da música Promessa, que no seu refrão dizia: “O Céu é só uma promessa, eu tenho pressa vamos nessa direção”. Acho que Humberto Gessinger, vocalista da banda, estava certo quando escreveu esses versos da música. De fato o Céu é uma promessa, e por hora só uma promessa; das pessoas com as quais nos relacionamos nenhuma esteve lá, cremos nos relatos bíblicos que falam do céu como real, podemos crer que ele é real, mas por enquanto é Promessa. E toda a promessa por melhor que seja vem acompanhada de um elemento um tanto incômodo: a espera.O que separa o potencial do real é a espera; O compromisso do presente de natal, da noite de natal: a espera. O dia do noivado, do dia casamento: a espera. A última mensagem a distância do reencontro no aeroporto, a espera. A promessa vem acompanhada da espera. A promessa do Céu não é diferente. Por isso o verso que vem logo em seguida a constatação de que o céu é “só uma promessa” diz: “eu tenho pressa”, em outras palavras: “não dá pra esperar”. Eu não tenho tempo pra perder aguardando, vou seguir na direção mais conveniente e pronto.Estamos cercados de pessoas apressadas, na verdade, nós mesmos vivemos apressados. Cumprimentamos as pessoas mas não paramos pra elas; tropeçamos em mendigos porque não os notamos devido a pressa; torcemos para que as pessoas sempre respondam ao nosso “Como vai?” com um simples “Tudo bem”, porque caso as coisas não estejam bem não teremos tempo para escutá-las; eu tenho que acabar logo essa reflexão para que ela pareça pequena e você não desista da leitura, afinal você deve estar com pressa. Nós vivemos estourando o tempo, vivemos uma corrida contra o relógio, vivemos com pressa.O problema é que a pressa nos desvia da promessa. Nos acostumamos com tudo rápido, com tudo instantâneo, se pudéssemos pediríamos, uma religião de fast food, onde tudo está pronto, onde me sirvo, vou embora e só volto quando sentir fome de novo. Passo a ter uma religião que atende as exigências do agora, com isso o “Céu que é só uma promessa” e assim será por tempo não determinado, torna-se algo muito distante e pouco atraente. Preciso de um Deus que me atenda agora, que me satisfaça na minha busca por emprego, por um companheiro, por uma namorada, por uma faculdade, mas não quero propostas a longo prazo ou de prazo incerto.O Céu é uma promessa, e a espera que contraria nossos hábitos é a mesma que nos habilita a receber o cumprimento da promessa. Jeremias disse “Bom é esperar a salvação do Senhor” (Lamentações 3:26). Bom porque ela é certa, bom porque enquanto não vamos ao encontro dEle, Ele vem a nós. A vida exige que você viva apressado, escolhendo os caminhos mais “práticos”. Nosso Pai espera que você espere. Não deixe que a pressa substitua a Promessa.

Se Jesus voltasse amanhã


SE JESUS VOLTASSE AMANHÃ


Se Jesus voltasse amanhã eu teria muito o que fazer hoje. Acho que não sairia da igreja quando terminasse o culto, ou melhor, sairia correndo; tenho que ligar para uma porção de pessoas que estão magoadas comigo. Precisaria do perdão delas caso Jesus voltasse amanhã.
Se Jesus voltasse amanhã doaria os alimentos que estão perecendo na dispensa e as roupas que há tanto me são inúteis. Jogaria fora alguns livros, pararia aquele livro pela metade e iniciaria a leitura da Bíblia. Faria o ano bíblico em um dia. Jogaria fora alguns CDs e DVDs, mudaria as músicas do meu MP3, não aproveitaria a solidão do carro para ouvir o que não ouço em público. Tiraria as pilhas do controle remoto da TV, sintonizaria o radio em uma emissora cristã. Eu faria uma vigília de uma pessoa só. Deixaria o celular desligado.
Se Jesus voltasse amanhã não me preocuparia com a louça ou com a roupa por lavar, com a casa para varrer, com carro a ser encerado, com a grama a ser aparada e nem com a vida do vizinho.
Eu seria o marido que ainda não fui, deixaria de comparar minha esposa com as outras mulheres, me tornaria o pai que esqueci de ser, faria dos meus filhos mais importantes do que o trabalho; honraria meus pais da melhor maneira, não seria um rebelde sem causa, me tornaria obediente e deixaria de ser o adolescente mimado, folgado e sem compromisso. Mostraria a maturidade contra a qual luto até o momento. Se Jesus voltasse amanhã eu deixaria e-mails sem resposta, não enviaria mensagens que blasfemam a Deus ou piadas maliciosas. Eu nem leria meus recados do Orkut, nem gastaria tempo fuçando virtualmente a vida alheia. Eu lançaria mão de alguns jogos, deletaria alguns arquivos, deixaria os meus contatos do MSN falando sozinhos. Se fosse dormir, dormiria mais cedo e até oraria e leria a bíblia antes. Acordaria cedo e faria pelo menos uma madrugada com Deus. Entregaria folhetos como nunca fiz porque nunca quis. Ao invés de cantarolar músicas seculares, teria o hinário a mão para cantar músicas que até me esqueci que existiam.
Cancelaria certos compromissos. Deixaria de dizer que não vejo problema nisso ou naquilo, não criticaria a igreja, não acusaria nem julgaria. Trocaria meu olhar altivo por um olhar de compaixão. Pararia de me enganar achando que Deus não se importa com as coisas que eu faço. Não olharia para as mulheres, homens, casas e carros com um olhar cobiçoso. Estudaria a lição, compraria a meditação matinal.
Não tropeçaria em mendigos como se fossem pedras na calçada.
Se Jesus voltasse amanha eu me certificaria de ter cuidado bem dos meus animais e do ambiente que vivo. Eu me desfaria de alguns adornos, aceitaria chamados para trabalhos da igreja até então recusados. Devolveria dízimos atrasados, pagaria contas, deixaria meus trabalhos de faculdade de lado. Eu não cumprimentaria o pregador e deixaria de lado tudo que ouvi.
Trocaria meus divertimentos, não me importaria com a colocação do meu time, seria menos competitivo e mais cooperativo. Eu pararia com o café, diminuiria o açúcar, substituiria alguns alimentos, me importaria com coisas que julguei irrelevantes até aqui.
Eu seria o Cristão de uma vida em 24hs.
Pelo menos tentaria.
Na verdade nunca conseguiria porque estaria muito atrasado.
Ainda bem que Jesus não voltará amanhã. Mas e se eu for amanhã?